A partir da experiência adquirida durante anos cuidando de dependentes químicos (álcool e outras drogas) e suas famílias, reavaliando e estruturando as atividades a partir de suas sugestões, desenvolvemos um programa voltado especificamente para o tratamento destes pacientes.
Os principais objetivos do nosso tratamento são: a reversão do quadro de abstinência; a recuperação do quadro clínico geral; o restabelecimento de rotinas de vida e de vínculos sócio-familiares; a criação de estratégias para a prevenção de recaídas e, principalmente, a adesão ao tratamento
Alguns pontos que se destacam no nosso modelo de tratamento
A essência do nosso programa é a combinação entre a escuta individualizada do paciente (e seus familiares) com sua participação ativa nos grupos terapêuticos. As 4 fases do processo terapêutico são:
Desintoxicação: primeira fase do tratamento consiste na estabilização do quadro fisiológico e emocional. O foco, nesse momento, é acolher o paciente (contenção emocional e medicamentosa) e auxiliá-lo a como lidar com a abstinência.
Motivação: esta fase inicia-se quando os efeitos fisiológicos e emocionais agudos -produzidos pela abstinência do uso das substâncias- começam a ceder, possibilitando o desenvolvimento de um trabalho terapêutico de adesão ao tratamento.
Reabilitação: uma vez que o paciente apresenta sinais de adesão ao tratamento, é possível trabalhar na mudança de foco: construir, em parceria com o paciente, rede de apoio que o auxilie a lidar com a dependência.
Manutenção: aqui, o foco do trabalho terapêutico é a criação de estratégias de prevenção de recaídas, aumentando intervalo de tempo entre a vontade de usar a substância e a decisão de fazê-lo, abrindo a possibilidade de escolha por outro comportamento. Neste último aspecto do tratamento, trabalhamos a responsabilização do sujeito na retomada de sua vida, nas decisões e consequências que isto implica.
Agende sua consulta na nossa central de marcação ( 11 99530-7178 ) e saiba mais sobre o Programa de Dependência Química (PDQ)
A dependência química é definida como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos e fisiológicos, que se desenvolvem após o uso repetido de determinada substância. Pode estar relacionada a uma substância psicoativa específica (por exemplo: cigarro, álcool ou cocaína), a uma classe de substâncias (opióides) ou a um conjunto mais vasto de diferentes substâncias.
Trata-se de um transtorno mental, uma doença crônica, onde diversos fatores podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo a quantidade e frequência de uso da substância, a condição de saúde do indivíduo e aspectos genéticos, psicossociais e ambientais.
Antes de tudo, é preciso diferenciar o comportamento de “Abuso” da “Dependência Química”. Abuso é um padrão de uso de uma ou mais substâncias em grandes doses, podendo provocar algum sofrimento no indivíduo, trazer prejuízo ao seu funcionamento social/ ocupacional. A despeito das consequências negativas, o abusador persiste no uso. Já a dependência química vai além destes fatores, ficando caracterizada quando o consumo das substâncias é constante e foge ao controle do indivíduo, passando a desempenhar um papel invasivo, central e desestabilizador em sua vida.
Forte desejo ou compulsão para consumir a substância; dificuldades em controlar o comportamento de consumo; estado de abstinência fisiológico quando o uso cessa ou é reduzido; tolerância à substância usada, de tal forma em que doses cada vez maiores sejam necessárias para alcançar os efeitos originalmente produzidos; abandono progressivo de outros interesses em favor do uso, entre outros quesitos, são características da dependência química.
O dispositivo da internação psiquiátrica, no tratamento de usuários de álcool e outras drogas, tem indicações e contraindicações precisas, devendo ser avaliada e solicitada por um profissional especializado, que levará em consideração as especificidades de cada caso.
Nossa experiência com pacientes adictos demonstra que este recurso terapêutico é necessário, inclusive na modalidade involuntária, nos casos onde o usuário corre sério risco de vida e/ ou coloca em risco a vida de terceiros. Do mesmo modo, situações onde o usuário começa a praticar pequenos delitos, furtar objetos em casa para trocar pela droga, delapidar o próprio patrimônio ou o da família, a internação deve ser considerada como medida de contenção e redução de danos.
Em outros casos, são os próprios adictos que procuram o recurso da internação para interromper e se afastar do consumo compulsivo de substâncias. Perante sua própria incapacidade de controlar seus impulsos pelo consumo, o adicto aprende a pedir ajuda e se manter longe das drogas, pelo menos por um tempo.
A internação para tratamento da dependência química não deve ser utilizada como instrumento de punição do adicto, podendo, nestes casos, dificultar a abordagem terapêutica devido à resistência do mesmo ao tratamento. A recuperação do dependente químico só é possível através da total adesão ao tratamento, dependendo diretamente da vontade do indivíduo em se libertar do vício.
O tempo de duração de uma internação deste tipo não tem uma medida padrão. Contudo, no Grupo C.T. Anjos trabalhamos com uma proposta de internação curta de 15 dias. Em princípio, este é o tempo que dura o processo de desintoxicação com a reversão dos sinais de abstinência. No entanto, em muitos casos, faz-se necessário um trabalho de recuperação da autoconfiança, para que o paciente consiga reassumir algum compromisso pessoal e/ ou sociofamiliar, dando o primeiro passo para a recuperação de sua autonomia e autodeterminação.
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